EBD | Um resumo da Epístola de Judas


Introdução

Autor: Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55, Mc 6.3). Não era o apóstolo, chamado Lebeu e Tadeu (Mt 10.3, Jo 14.22). Mesmo porque este Judas se distingue deles (v.17).

Data: 67 a.D. Antes da destruição de Jerusalém.

Proveniência: Provavelmente Judas escreveu de Roma, pois foi o primeiro lugar onde esta epístola foi usada e aceita.

Destino: Talvez seja uma epístola universal, sem um endereçamento. Porém, o assunto sugere que seja um confronto contra os gnósticos. Neste caso, o endereço, sem dúvida, é a Ásia Menor, onde os gnósticos impregnaram a região com seus falsos ensinamentos.

Apresentação – v.1-2

Judas, servo de Jesus e irmão de Tiago – v.1

1.Uma pessoa é conhecida pelo modo como se apresenta. Judas, sendo irmão de Jesus se apresenta como servo.

A saudação – v.2

 A batalha da fé – v.3-4

.Uma mudança de assunto – v.3

         A fé pela qual temos que batalhar 1.A fé foi entregue a nós e não inventada por nós. 2.A fé foi dada uma vez por todas aos santos. 3.A fé foi confiada a pessoas fiéis. 4.A fé precisa ser defendida.

B.A dissimulação dos homens ímpios – v.4

Como alguém pode negar a Jesus 1.Por causa da perseguição 2.Por causa da conveniência (dinheiro, conforto, facilidade, influência, fama, etc) 3.Através da vida e conduta 4.Através de idéias falsas sobre Jesus

Exemplos de rebeldia e castigo – v.5-7

Judas quer que os crentes se lembrem de três exemplos para que vejam que a rebeldia sempre é confrontada por Deus

.O exemplo de Faraó e o Egito – v.5

.O exemplo de Lúcifer e os seus anjos – v.6

.O exemplo de Sodoma e Gomorra – v.7

Alguns pontos de identificação dos falsos mestres – v.8-10

.Quatro pontos de identificação dos falsos mestres – v.8

1.São sonhadores alucinados. Querem solucionar problemas complexos através de fórmulas fáceis.

2.São imorais, pois contaminam a própria carne.

3.Rejeitam governo, o que significa que rejeitam qualquer autoridade.

4.Difamam autoridades superiores. Portanto, além de rejeitar falam mal.

.O contraste entre o arcanjo Miguel e os falsos mestres – v.9-10

.Miguel foi manso mesmo diante de Satanás. Nada seria exagerado ao falar do diabo. Ele é o pai da mentira (Jo 8.44), “um tição tirado do fogo” (Zc 3.2), arrogante e etc.

Mesmo assim Miguel deixou que o Senhor o repreendesse. Os falsos mestres não são como Miguel. Difamam tudo, até sem conhecimento (v.10).

A motivação e o castigo dos falsos mestres – v.11

.Os falsos mestres serão castigados (“Ai deles”)

A misericórdia de Deus não significa que Ele deixará os falsos mestres sem castigo.

.Os falsos mestres seguem o caminho de Caim

Caim queria chegar até Deus da maneira dele.

Os falsos profetas não aceitam o modo de Deus.

.Os falsos mestres são movidos por ganância, assim como Balaão

A ganância tomou conta das pessoas de nossa sociedade. Compram coisas que nunca usarão, talvez.

Balaão amava o dinheiro mais do que o próprio Deus, aceitando dinheiro dos moabitas para amaldiçoar o povo de Israel.

.Os falsos mestres seguem a revolta de Coré

Judas disse que os falsos mestres não aceitam a autoridade e a difamam (v.8).

Este é um teste eficiente. Quem não obedece a um líder que anda com Deus é rebelde.

Portanto, “ai dos falsos mestres”, “ai de Caim”, “ai de Balaão”, “ai de Coré e seu bando”.

 Metáforas sobre os falsos mestres – v.12-13

.Rochas submersas

Havia festas na igreja do primeiro século. O povo de Deus sempre gostou de se reunir e comer junto. Era uma festa linda. Cada um trazia seus alimentos e “juntavam as panelas”. No final resultava na Ceia do Senhor.

.Essa festa ganhou o nome de “agape”, ou seja, a festa do amor.

Os falsos mestres, infiltrados na igreja, se aproveitavam dessas festas para tentar causar divisões, por isso, Judas diz que são “rochas submersas em vossas festas de fraternidade”.

Não existe nada mais perigoso para as embarcações do que uma rocha submersa.

.Os falsos mestres são um estrago para a igreja. Quando a igreja esbarra neles o resultado são divisões, desvios, pessoas negando a fé, desrespeitando autoridades, enfim naufrágio.

.Pastores que a si mesmos se apascentam

A função de um pastor é providenciar lugares bons para as suas ovelhas para que elas possam se alimentar, andar e ter água e lugar de repouso.

Quando um pastor deixa de pastorear, ele passa a pensar em si mesmo e as ovelhas perecem (At 20:28 e Ez 34:1-31).

.Nuvens sem água

.Nesses lugares não faltam promessas de chuva. São as nuvens carregadas de água, mas que finalmente são levadas pelos ventos para outros lugares. A frustração fica evidente nos rostos das pessoas.

.Árvores desarraigadas

Espera-se de uma árvore frutífera não apenas sombra, mas também frutos. Para que haja frutos é necessário que a árvore esteja saudável.

Judas diz que os falsos mestres são como árvores desarraigadas, ou seja, sem raiz. Eles não estão recebendo da luz do Senhor e, por isso, não têm propriedades saudáveis para manter a doutrina de Jesus Cristo.

.Ondas bravias

Outra metáfora dos falsos profetas é a de “ondas bravias”.

O mar pode ser ao mesmo tempo lindo e perigoso. Às vezes as águas estão calmas outras vezes as águas estão furiosas. Os falsos profetas SEMPRE são águas bravias.

.Estrelas errantes

Como os Planetas que não tem luz

A profecia de Enoque – v.14-15

.Enoque o sétimo depois de Adão – v.14

.O Senhor vem entre as suas santas miríades – v.14

A profecia de Enoque é a mais antiga sobre a vinda de Jesus Cristo para julgar os ímpios.

.O Senhor exercerá juízo e convencerá os ímpios – v.15

O ímpio é todo aquele que não dá atenção às palavras de Deus e que vive sem Ele.

Outras características dos falsos mestres – v.16

.Murmuradores

.Queixosos

.Andam segundo as suas concupiscências

.Arrogantes

.Aduladores por causa do próprio interesse

 Prevenção e compaixão – v.17-23

.As maneiras de se prevenir dos falsos mestres e seus falsos ensinos – v.17-21

A primeira maneira de se prevenir dos falsos ensinos é lembrar das palavras dos apóstolos. Judas e os demais crentes davam muito valor às palavras dos apóstolos.

A segunda maneira de se prevenir dos falsos ensinos é a edificação mútua na fé santíssima.

A terceira maneira de se prevenir dos falsos ensinos é através da oração.

A quarta maneira de se prevenir dos falsos ensinos é nos guardar no amor de Deus.

A quinta maneira de se prevenir dos falsos ensinos é esperar a misericórdia de Jesus Cristo.

.A compaixão por alguns que estão na dúvida – v.22-23

Os falsos mestres não são alvos de nosso esforço evangelístico, pois estão arraigados, obstinados em seus erros e tentarão com todas as artimanhas nos ganhar para si.

No entanto, existem aqueles que estão iniciando, ainda, no caminho dos falsos mestres. Quanto a estes devemos orar e nos esforçar para arrancá-los das garras dos falsos mestres.

Quanto aos que já estão arraigados nos falsos ensinos, também, sentimos compaixão, porém, “em temor”, ou seja, com receio, com cautela, sabendo que ao tentar salvá-los podemos submergir com eles, tamanho o desespero deles.

Quanto a esses “detestamos até a roupa contaminada pela carne”. Palavras duras que significam que eles estão totalmente contaminados pelos falsos ensinos e nós não queremos nos contaminar como eles.

 Doxologia – v.24-25

.Louvor ao poderoso Deus que nos guarda – v.24

.Louvor ao único Deus – v.25

A Deus pertence toda a glória.

A Deus pertence a majestade.

De Deus é o império.

A soberania é de Deus.

Ele é o Deus do presente, também, e sempre será por toda a eternidade. Amém.