A Luz que Direciona o Corpo
Em toda a sua existência a Igreja e os crentes são chamados para provar a existência de Deus, de seu filho Jesus, provar a veracidade da Bíblia, enfim, provar qualquer aspecto relacionado com a nossa fé. O que o mundo cobra da Igreja na verdade são sinais. Ironicamente esse pedido por sinais não é novo, não é privilégio da nossa geração, na época de Jesus, os fariseus viviam pedindo que Ele fizesse sinais para que eles cressem no Senhor como Messias.
Mas será que tanto os fariseus quanto os céticos da nossa geração creriam no Senhor se vissem sinais? A resposta certamente é não. Mas por que? Vejamos:
Na primeira parte do capítulo 11 do evangelho de Lucas o Senhor Jesus ensina a orar, depois, Ele oferece uma parábola sobre oração e logo em seguida reforça a necessidade de estarmos sempre em comunhão com o Pai através da oração.
Porém, a partir do verso 14 as coisas mudam para todos que estão em volta de Jesus. Ele realiza um exorcismo e o verso 14 diz que: “as multidões se admiravam”. Ora, dentro de uma multidão há gente de todo tipo, e lá estavam algumas pessoas que diziam: “ele faz isso por meio da força de Belzebu” (v. 15). No verso 16 outras pessoas tentaram ao Senhor dizendo: “nos dê um sinal do céu”.
Como assim um sinal? Essas pessoas acabaram de ver um exorcismo, um milagre aconteceu, uma menina que estava possuída por um demônio de mudez foi liberta, e eles pediram um sinal?
Aí está exatamente a certeza que temos de que os judeus tiveram sinais, mas não creram em Jesus como Messias; por que seria diferente com os céticos de hoje? Eles veem pessoas sendo libertas de demônios, drogas, pornografia, vícios, tendo suas famílias restauradas, pessoas sendo curadas, Igrejas que abençoam os de fora, enfim, inúmeros sinais além, é claro, da própria natureza e ainda pedem, como os fariseus, “um sinal do céu”?
Mas Jesus responde-nos o por que com uma parábola nos versos de 33 a 36:
“Ninguém, depois de acender uma candeia, a põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire, mas no velador, a fim de que os que entram vejam a luz. São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas. Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz”.
Lucas 11: 33-36
Com a parábola o Senhor aponta que tanto os judeus de sua época como os céticos da nossa não creem porque eles não têm:
- Olhos espirituais (v. 34): “São os teus olhos a lâmpada do teu corpo”.
Sem olhos espirituais dados por nosso Deus não conseguiríamos ver e entender os ensinos e sinais que o nosso Salvador fez. Quanto mais pediam, os judeus menos viam, justamente por não ter olhos espirituais.
- A luz que nos faz enxergar (v. 35): “Repara, pois, que a LUZ que há em ti não sejam trevas”.
Irmãos, nós por nós mesmos não temos luz, não produzimos luz. Ora, do que adianta a vela ter o seu pavio se não tem o fogo que a acenda e a faça ter luz e espalhar essa luz? Assim é conosco, sem Jesus em nossas vidas somos apenas trevas, por isso Ele é a nossa Luz!
Dessa forma temos visto muitas e muitas igrejas que vivem a induzir seus fiéis a buscarem ver SINAIS porque não portam a LUZ que é Jesus.
Assim como para o crente é importante ter a Luz para sair das trevas, uma Igreja precisa ter a Luz para não ter ideologias dentro de si. Precisa da luz para revelar a Palavra de Deus, revelar o Pecado, revelar a GRAÇA E SALVAÇÃO.
A Igreja precisa da Luz para olhar para o alto e enxergar o verdadeiro Salvador e Senhor, que é Jesus.